Desde os primeiros filósofos gregos até Descartes, foram muitas mentes curiosas que revolucionaram a ciência e moldaram o mundo até o que conhecemos hoje. Neste sentido o método científico se resume em um conjunto de passos ordenados com o intuito de produzir e adquirir novos conhecimentos. Por essa razão, para ser classificado como científico o objeto de estudo em questão, além de ser baseado em uma experiência empírica. Também deverá ser analisado sobre o viés do pensamento racional.
Assim sendo, o método científico se origina na pré-história. Ou seja, o homem primitivo, um ser curioso por natureza, descobriu através do método de erros e acertos. Quais seriam os alimentos que deveria consumir, também como e aonde. Do mesmo modo, lentamente e com o passar dos anos, deixou de ser um coletor de frutos e caçador de animais e se converteu em pastor e agricultor. Mas também por conta da observação deixou de ser nômade e se tornou então sedentário.
O amor pelo conhecimento
Com o passar do tempo, pelo mundo inteiro foram surgindo verdadeiras civilizações humanas que se desenvolveram de acordo com as adversidades que encontraram. Naturalmente, as primeiras grandes cidades surgiram em regiões fluviais como o caso da Mesopotâmia entre os rios Tigre e Eufrates.
Contudo, foram os gregos, que por viverem uma situação privilegiada e única na história da humanidade desenvolveram a ideia do amor a sabedoria. Dessa forma eles foram os primeiros filósofos da história e dessa forma nasceu o que hoje conhecemos atualmente como ciência teórica racional.
De Galileu a Descartes
No decorrer da Idade Média os matemáticos, físicos e químicos do mundo islâmico foram realizando suas particulares contribuições. Entretanto, o seguinte grande passo foi dado por Galileu, que no século XVI foi uma das influências vitais na história da ciência. Nesse ínterim, contribui para o progresso tanto como cientista, mas também como revolucionário político.
Desse modo é possível afirmar que Galilei foi o primeiro cientista Italiano que aplicou o método científico em seus estudos de cinemática e dinâmica. Também foi graças a ele que pelos seus métodos empíricos de observação adicionou a hipótese e a experimentação. Logo Descartes no século XVII, através do discurso do método, definiu as regras do Método científico por primeira vez.
O passo a passo do método científico
Logo depois do desenvolvimento do método científico por Descartes, a ciência continuou progredindo e através do progresso algumas ideias serviram para guiar um experimento. Em primeiro lugar, a observação faz referência ao que queremos estudar ou compreender. Logo a hipótese, onde se formula uma ideia que pode explicar o observado.
Em seguida a experimentação serve para comprovar a hipótese e é fase onde são executados experimentos diferentes. Dessa maneira é possível comprovar o refutar a hipótese em questão. Finalmente surgiria a teoria que permite explicar de forma racional e comprovada a hipótese mais provável. Em suma se extrairiam depois desse processo as teorias formuladas, sendo essa à última fase do método científico conhecida como conclusão.
O método científico aplicado na vida cotidiana
Pela natureza investigativa do homem, aplicamos ordinariamente o método científico sem darmos conta. Assim sendo utilizamos o método científico muito mais do que poderíamos imaginar em nossas vidas. Só para exemplificar, si observamos que não encontramos a chave do carro no lugar de costume, estabelecemos uma hipótese. Ou seja, que talvez alguém colocou a chave em outro lugar ou que talvez foi esquecida no bolso do uniforme de trabalho.
A partir daí damos início a fase da experimentação, que neste caso seria perguntando as pessoas que vivem com você se elas viram a chave em algum lugar. Finalmente, depois de algumas respostas inconclusivas, encontraríamos a chave em um dos bolsos do uniforme do trabalho. Assim sendo, nessa situação poderíamos concluir que a chave não estava no lugar habitual por que foi esquecida no bolso da bermuda do uniforme do trabalho. Concluindo, é possível resumir com um axioma 22 séculos de história da ciência: “onde não há método, não há ciência.”